Na luta pelo meio-ambiente somos colocados diante de uma escolha: cultuar a Natureza como uma divindade e promover o neo-paganismo ou colocar-nos diante do Criador numa atitude de humilde obediência ao seu desígnio e ser verdadeiros cristãos.
É com esta atitude de servo que o homem é chamado a dominar sobre a criação (Gen 1, 28). Ao se fazer homem, Deus concedeu uma maior dignidade ao ser humano. Por isto, o Papa Bento XVI nos recorda que existe uma ecologia do homem.
“Deve-se proteger também o homem contra a destruição de si mesmo. É necessário que haja algo como uma ecologia do homem, entendida no sentido justo. [...] O homem pretende fazer-se sozinho e dispor sempre e exclusivamente sozinho o que lhe diz respeito. Mas desta forma vive contra a verdade, vive contra o Espírito criador” (Bento XVI, Discurso à Cúria Romana, 22/12/2008).
“A arrogância do homem que vive como se Deus não existisse, leva a explorar e deturpar a natureza, não a reconhecendo como uma obra da Palavra criadora. [...] Acolher a Palavra de Deus atestada na Sagrada Escritura e na Tradição viva da Igreja gera um novo modo de ver as coisas, promovendo uma ecologia autêntica, que tem a sua raiz mais profunda na obediência da fé, e desenvolvendo una renovada sensibilidade teológica sobre a bondade de todas as coisas, criadas em Cristo” (Bento XVI, Verbum Domini, 108).