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quinta-feira, 14 de junho de 2012

Terra quadrada – a mentira que desce redondo


Era o século XVIII. Alguns iluministas vadios estavam reunidos em uma taberna, bebendo e falando asneiras. Entre uma piada infame e outra, de repente, um gaiato solta essa: “Aí, quer saber? Os padres são tão estúpidos que, na Idade Média, pregavam que a terra era plana!”. Explosão de risos… Pronto! Nascia aí uma das mais famosas calúnias anticatólicas.
A cena acima fica por conta da minha imaginação. Mas não deve ter sido nada muito diferente disso. O fato é que a historinha vil sobre a negação da esfericidade da Terra foi inventada por intelectuais iluministas, que (a exemplo de Voltaire) estavam sempre prontos a ridicularizar a Igreja.
Saca a lenda da cenoura do Mário Gomes? Então… foi mais ou menos assim que aconteceu. O boato da crença católica na Terra plana foi tão bem espalhado que, com o tempo, se tornou “verdade”. Foi ganhando informalmente as ruas, virou conto, depois peça de teatro… E a corja viu que o embuste tava fazendo tanto sucesso, que valia muito a pena divulgá-lo por meios mais “sérios”, como livros, jornais e universidades. Mas acho que nem esses canalhas poderiam imaginar o tanto que o mito duraria, e nem o tamanho do estrago que ele faria no Corpo da Igreja.

Passaram-se três séculos após a criação do mito, e tá lá a Tia Cocota ensinando para as criancinhas que a Igreja sempre foi inimiga da Ciência e fazia carvão de qualquer um que dissesse que a Terra era esférica. Moral da história: “só pessoas burras, ingênuas ou fanáticas podem levar a sério o que a Igreja Católica diz”. Aí você entende aquelas centenas de jovens entrando e saindo das catequeses ano após ano, com um certificado de “crismado” debaixo do sovaco, mas com os corações e mentes fechados para Cristo.
Por isso, conforme o Senhor nos solicitar por meio das circunstâncias da vida, precisamos estar prontos para esclarecer as pessoas sobre os FATOS. Esse nhe-nhe-nhém de Terra chata já deu!
O CAÔ
Com algumas variações, a cantilena dos nossos detratores é essa aqui:
“Na Idade Média, a Igreja ensinava que a Terra era um disco plano (ou pior: que era quadrada!), baseando-se na suainterpretação da Bíblia. Os cientistas que ousavam dizer que ela era esférica eram tostados na fogueira.
“Por isso, os navegadores europeus acreditavam que, se chegassem até a linha do horizonte, seus navios cairiam em um grande abismo. A viagem de Colombo, em 1492, destruiu finalmente essa crendice”.
Aff…
A VERDADE
Em 1473, quase 20 anos antes da citada viagem de Colombo, foi publicado oTractatus de Sphaera Mundi (sphaera = esfera), um manual de astronomia e geografia com o maior número de edições até hoje. Era muito utilizado pelos portugueses durante a era das grandes navegações. Repararam bem no nome da obra? Já diz tudo sobre o que os navegadores medievais pensavam sobre o formato da Terra.
O livro Sphaera é, portanto, uma fortíssima evidência de que a esfericidade do globo terrestre era um fato bem reconhecido na época. Detalhe: o autor foi John Holywood (Sacrobosco), monge inglês – sim, mongeeeeeee! – e Professor de Astronomia naUniversidade de Paris – sim, aquela fundada e mantida pela Igreja.
Aliás, os escolásticos (professores universitários medievais, grande parte deles sacerdotes) eram grandes conhecedores de Aristóteles e o tinham como uma de suas principais referências. E adivinhem que formato esse célebre grego achava que a Terra tinha? Esférico!
Claro, sempre tem uma ou outra anta falando antices. Existiram sim alguns poucos autores medievais que afirmavam que a Terra era chata; porém, eles foram exceção, e geralmente eram desconsiderados pelos pensadores influentes da época. Por outro lado, os intelectuais católicos da Idade Média de maior relevância afirmavam a esfericidade da Terra. A seguir, dois grandes exemplos:
  • São Tomás de Aquino, o maior filósofo da Idade Média, afirma a esfericidade da Terra da Suma Teológica (10);
  • Dante Alighieri, talvez o maior poeta da Idade Média, cita o termo “globo” para se referir à Terra na Divina Comédia – Paraíso (8).
E, para quem acha que uma imagem vale mais do que mil palavras, vale dar uma olhadinha na foto acima. Trata-se de uma escultura Carlos Magno, o Grande, feita por volta do ano 900 – ou seja, mais de 500 anos antes da tal viagem de Colombo. É… ele está segurando um globo nas mãos. Não, não devia estar indo jogar boliche e nem tampouco tomando água de côco; aquilo é mesmo a esfera da Terra, representando o seu grande poder imperial. Pra quem não leu o nosso post sobre Carlos Magno, é bom ressaltar: o homi é uma das personalidades católicas mais importantes de todos os tempos!
Porém, a prova mais emblemática de que fomos desavergonhadamente caluniados ao longo desses séculos é dada por uma Criança: pela Europa inteira há numerosas esculturas medievais que mostram oMenino Jesus, sentado no colo de Sua Mãe, segurando uma esfera. Vai dizer que é a bolinha de brinquedo que Papai Noel deu pra Ele?
Fonte:
RUSSEL, Jefrey Burton. Inventando a Terra Plana. São Paulo: Editora Unisa, 1999.
Russel é historiador e pesquisador da Universidade da Califórnia.






Extraído do site O Catequista





quarta-feira, 29 de junho de 2011

Deus existe? - As cinco vias de São Tomas de Aquino

• Pode-se provar a existência de Deus por cinco vias:

parte do movimento.
A) Tudo o que se move é movido por outro.
• Nada se move que não esteja em potência em relação ao termo de seu movimento.
• Ao contrário, o que move o faz enquanto se encontra em ato.
• Portanto, mover nada mais é do que levar algo da potência ao ato, e nada pode ser levado ao ato senão por umente em ato.
  • Exemplo: O fogo (quente em ato) torna a madeira, que está em potência para o calor, quente em ato, e assim a move e altera.
• Ora, não é possível que a mesma coisa, considerada sob o mesmo aspecto, esteja simultaneamente  em ato e em potência.
  • Exemplo: o que está quente em ato não pode estar simultaneamente quente em potência, mas está frio em potência.
• É impossível que sob o mesmo aspecto e do mesmo modo algo seja motor e movido, ou que mova a si próprio. É preciso que tudo o que se move seja movido por outro.
B)
• Assim, se o que move é também movido, o é necessariamente por outro, e este por outro ainda.
• Ora, não se pode continuar até o infinito, pois neste caso não haveria um primeiro motor, por conseguinte, também outros motores, pois os motores segundos só se movem pela moção do primeiro motor.
• Então, é necessário chegar a um primeiro motor, não movido por nenhum outro, e este é Deus.
2) parte da razão de causa eficiente.
  • Nas realidades sensíveis encontramos a existência de uma ordem entre as causas eficientes, mas não encontramos algo que seja causa eficiente de si próprio, pois desse modo teria de ser anterior a si próprio, o que é impossível.
  • Tampouco é possível, entre as causas eficientes ordenadas, continuar até o infinito, pois:
  • Entre todas as causas eficientes ordenadas, a primeira é a causa das intermediárias, e estas a causa da última.
  • Supressa a causa, suprime-se também o efeito. Portanto, sem a causa primeira não haveria a intermediária e nem a última.
  • Ora, numa seqüência infinita, não haveria causa primeira, e, portanto, não haveria efeito último e nem causaintermediária.
• Logo, é necessário afirmar uma causa eficiente primeira, o que é chamado de Deus.
é tomada do possível e do necessário.
• Encontramos, entre as coisas, as que podem ser ou não ser, uma vez que algumas nascem (pela geração, elassão) e perecem (pela corrupção, deixam de ser, não são mais).
• Mas é impossível ser para sempre o que é de tal natureza: o que pode não ser, não é em algum momento (o que é eterno não pode não ser). Ou seja, o que pode não-ser necessariamente deve ter sido gerado, e aquilo que foi gerado, começou a partir do não-ser.
• Se é verdade que tudo pode não ser, pode ter havido um momento em que nada havia, mas então nada hoje existiria, pois o que não é só passa a ser por intermédio de algo que já é. É necessário, pois, que sempre algoseja.
• Assim, nem todos os entes são possíveis, mas é preciso que algo seja necessário entre as coisas, e tudo o que é necessário tem, ou não, a causa de sua necessidade de um outro.
• Aqui também não é possível continuar até o infinito na série das coisas necessárias que tem uma causa da própria necessidade, como acontece entre as causas eficientes (2ª via).
• Portanto, é necessário afirmar a existência de algo necessário por si mesmo, que não encontra em outro lugar a causa  de sua necessidade, mas que é causa da necessidade para os outros: o que chamamos Deus.
4) se toma dos graus que se encontram nas coisas.
• Encontra-se nas coisas algo mais ou menos bom, mais ou menos verdadeiro, mais ou menos nobre, etc.
• Ora, mais e menos se dizem de coisas diversas conforme elas se aproximam diferentemente daquilo que é em si o máximo. Existe, pois, em grau supremo algo verdadeiro, bom, nobre e, conseqüentemente, o ente em grau supremo (como se mostra no livro II da Metafísica, o que é em sumo grau verdadeiro, é ente em sumo grau). Assim, mais quente é o que mais se aproxima do que é sumamente quente.
• Por outro lado, o que se encontra no mais alto grau em determinado gênero é causa de tudo que é desse gênero(idem: Metafísica, livro II): assim o fogo, que é quente, no mais alto grau, é causa do calor de todo e qualquer corpo aquecido.
• Existe então algo que é, para todos os outros entescausa de ser, de bondade e de toda a perfeição: nós o chamamos Deus.
Nota:   O exemplo do fogo nos deixa embaraçados. Deve-se ver nele uma ilustração, muito eficaz para os contemporâneos de Sto. Tomás, que viam no fogo um corpo no qual se realizava o calor absoluto, mas inoperante para nós. Contudo, não se trata de um argumento cuja evidente não-pertinência invalide toda a argumentação. De maneira tão condensada que o seu procedimento permanece obscuro, tal raciocínio evoca o grande tema metafísico da participação, que não provém de Aristóteles, mas de Platão, e que, profundamente remodelado pela introdução da causalidade eficiente e da limitação do ato pela potência – estas sim provenientes de Aristóteles -, está no centro da metafísica de Sto. Tomás. O calor é uma qualidade material, cujo grau de intensidade provém da quantidade: e sabemos muito bem que a série dos números pode prolongar-se indefinidamente sem que encontremos um número que seja o primeiro. Uma qualidade espiritual não resolveria o problema, pois o mais ou o menos, o grau de intensidade, não podem ser tomados em relação a um primeiro no qual essa qualidade seria ilimitada, toda qualidade estando limitada em sua perfeição ontológica devido ao fato de ela ser um acidente. Mas, os valores que a demonstração leva em consideração são atributos da própria essência dos seres, assim como de seus acidentes. Ora, a própria essência exclui o mais ou o menos. É preciso portanto, se ela for mais ou menos verdadeira, boa, bela… que seja por comparação com uma essência que seja a verdade, a bondade, a beleza… e tudo isso ao infinito e absolutamente. Todos esses valores, que são recebidos nos entes que conhecemos, e devido a isso limitados, só podem derivar, por causalidade, daquele do qual constituem aessência. Os entes nos quais os encontramos parcialmente realizados participam de tais valores e participamdaquele no qual elas se realizam plenamente, ou seja, infinitamente.
5) se toma do governo das coisas.
• Algumas coisas que carecem de conhecimento, como os corpos físicos, agem em vista de um fim, visto que sempre, ou na maioria das vezes, agem da mesma maneira, a fim de alcançarem o que é ótimo.
• Fica claro que não é por acaso, mas em virtude de uma intenção, que alcançam o fim.
• Ora, como pode algo que não tem conhecimento tender a um fim, a não ser dirigido por algo que conhece e que é inteligente?
• Logo, existe algo inteligente pelo qual todas as coisas naturais são ordenadas, e que nós chamamos Deus.
:

Deus existe?

QUANTO AO TERCEIRO, ASSIM SE PROCEDE – Parece que Deus não existe.
1. Pois, um dos contrários, sendo infinito, destrói o outro totalmente. E como, pelo nome de Deus, se entende um bem infinito, se existisse Deus, o mal não existiria. O mal, porém, existe no mundo. Logo, Deus não existe.
2. Ademais – O que se pode fazer com menos não se deve fazer com mais. Ora, tudo o que no mundo aparece pode ser feito por outros princípios, suposto que Deus não exista; pois, o natural se reduz ao princípio, que é anatureza; e o proposital, à razão humana ou à vontade. Logo, nenhuma necessidade há de se supor a existência de Deus.
EM SENTIDO CONTRÁRIO, diz a Escritura (Ex. 3, 14), da pessoa de Deus: Eu sou quem sou.
RESPONDO. – Por cinco vias pode-se provar a existência de Deus:
A primeira e mais manifesta é a procedente do movimento; pois, é certo e verificado pelos sentidos, que alguns seres são movidos neste mundo. Ora, todo o movido por outro o é. Porque nada é movido senão enquantopotencial, relativamente àquilo a que é movido, e um ser move enquanto em ato. Pois mover não é senão levar alguma coisa da potência ao ato; assim, o cálido atual, como o fogo, torna a madeira, cálido potencial, em cálido atual e dessa maneira, a move e altera. Ora, não é possível uma coisa estar em ato e potência, no mesmo ponto de vista, mas só em pontos de vista diversos; pois, o cálido atual não pode ser simultaneamente cálido potencial, mas, é frio em potência. Logo, é impossível uma coisa ser motora e movida ou mover-se a si própria, no mesmo ponto de vista e do mesmo modo, pois, tudo o que é movido há de sê-lo por outro. Se, portanto, o motor também se move, é necessário seja movido por outro, e este por outro. Ora, não se pode assim proceder até ao infinito, porque não haveria nenhum primeiro motor e, por conseqüência, outro qualquer; pois, os motores segundos não movem, senão movidos pelo primeiro, como não move o báculo sem ser movido pela mão. Logo, é necessário chegar a um primeiro motor, de nenhum outro movido, ao qual todos dão o nome de Deus.
A segunda via procede da natureza da causa eficiente. Pois, descobrimos que há certa ordem das causas eficientes nos seres sensíveis; porém, não concebemos, nem é possível que uma coisa seja causa eficiente de si própria, pois seria anterior a si mesma; o que não pode ser. Mas, é impossível, nas causas eficientes, proceder-se até o infinito; pois, em todas as causas eficientes ordenadas, a primeira é causa da média e esta, da última, sejam as médias muitas ou uma só; e como, removida a causa, removido fica o efeito, se nas causas eficientes não houver primeira, não haverá média nem última. Procedendo-se ao infinito, não haverá primeira causa eficiente, nem efeito último, nem causas eficientes médias, o que evidentemente é falso. Logo, é necessárioadmitir uma causa eficiente primeira, à qual todos dão o nome de Deus.
A terceira via, procedente do possível e do necessário, é a seguinte – Vemos que certas coisas podem ser e não ser, podendo ser geradas e corrompidas. Ora, impossível é existirem sempre todos os seres de tal natureza, pois o que pode não ser, algum tempo não foi. Se, portanto, todas as coisas podem não ser, algum tempo nenhuma existia. Mas, se tal fosse verdade, ainda agora nada existiria pois, o que não é só pode começar a existir por uma coisa já existente; ora, nenhum ente existindo, é impossível que algum comece a existir, e portanto, nada existiria, o que, evidentemente, é falso. Logo, nem todos os seres são possíveis, mas é forçoso que algum dentre eles seja necessário. Ora, tudo o que é necessário ou tem de fora a causa de sua necessidade ou não a tem. Mas não é possível proceder ao infinito, nos seres necessários, que têm a causa da própria necessidade, como também o não é nas causas eficientes, como já se provou. Por onde, é forçoso admitir um ser por si necessário, não tendo de fora a causa da sua necessidade, antes, sendo a causa da necessidade dos outros; e a tal ser, todos chamam Deus.
A quarta via procede dos graus que se encontram nas coisas. – Assim, nelas se encontram em proporção maior e menor o bem, a verdade, a nobreza e outros atributos semelhantes. Ora, o mais e o menos se dizem de diversos atributos enquanto se aproximam de um máximo, diversamente; assim, o mais cálido é o que mais se aproxima do maximamente cálido. Há, portanto, algo sumamente verdadeiro, ótimo e nobilíssimo e, por conseqüente, maximamente ser; pois, as coisas maximamente verdadeiras são maximamente seres, como diz o Filósofo. Ora, o que é maximamente tal, em um gênero, é causa de tudo o que esse gênero compreende; assim o fogo, maximamente cálido, é causa de todos os cálidos, como no mesmo lugar se diz. Logo, há um ser, causa do ser, e da bondade, e de qualquer perfeição em tudo quanto existe, e chama-se Deus.
A quinta procede do governo das coisas – Pois, vemos que algumas, como os corpos naturais, que carecem de conhecimento, operam em vista de um fim; o que se conclui de operarem sempre ou freqüentemente do mesmomodo, para conseguirem o que é ótimo; donde resulta que chegam ao fim, não pelo acaso, mas pela intenção. Mas, os seres sem conhecimento não tendem ao fim sem serem dirigidos por um ente conhecedor e inteligente, como a seta, pelo arqueiro. Logo, há um ser inteligente, pelo qual todas as coisas naturais se ordenam ao fim, e a que chamamos Deus.
QUANTO AO 1º. – Como diz Agostinho, Deus sumamente bom, de nenhum modo permitiria existir algum mal nas suas obras, se não fosse onipotente e bom para, mesmo do mal, tirar o bem. Logo, pertence à infinita bondade de Deus permitir o mal para deste fazer jorrar o bem.
QUANTO AO 2º. – A natureza, operando para um fim determinado, sob a direção de um agente superior, énecessário que as coisas feitas por ela ainda se reduzam a Deus, como à causa primeira. E, semelhantemente, as coisas propositadamente feitas devem-se reduzir a alguma causa mais alta, que não a razão e a vontade humanas, mutáveis e defectíveis; é, logo, necessário que todas as coisas móveis e suscetíveis de defeito se reduzam a algum primeiro princípio imóvel e por si necessário, como se demonstrou.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

A astronomia confirma uma verdade no Evangelho de São Mateus sobre a estrela de Belém


É notável que, cada vez com mais freqüência, está acontecendo que as pesquisas modernas confirmem a veracidade histórica dos Evangelhos.

Nascimento e morte de Cristo

Quanto foi ridicularizada a estrela de Belém! Mas no ano 1997 a mídia comunicou ao mundo todo (no Brasil o "FANTÁSTICO" de 5-I-97), a descoberta irrefutável de um astrônomo da Universidade de Cambridge. Demonstrou que no ano 5 a.C. um cometa ficou 70 dias visível na direção da Arábia para Palestina. E no fim apareceu em Jerusalém rumo ao Sul, isto é, justamente rumo a Belém. Perfeitamente corresponde à estrela que guiou os magos como nos conta o Evangelho de São Mateus (Mt 2,12).

Impressionado, o destacado astrônomo concluía: "Deus planejou isto. Isto é um milagre". Portanto, Cristo nasceu no ano 5 a.C. Como se diz alegremente: Cristo nasceu antes de Cristo! Houve um erro ao calcular o nosso calendário.

Cristo morreu a 3 de Abril do ano 33. Portanto com 38 anos. Pois durante a vida pública de Cristo a festa da Páscoa dos judeus só se realizou num Sábado duas vezes, a 8 de Abril do ano 30, e a 3 de Abril do ano 33. Jesus morreu na Sexta Feira que antecedeu à Páscoa, portanto só pode haver sido a 3 de Abril do ano 33. Por três argumentos irretorquíveis.

1) Datá-la para o ano 30 seria tanto como afirmar que a vida pública de Nosso Senhor foi só durante menos de um ano, o que certamente está errado, durou três anos.

2) Nada menos que um muito consciencioso pesquisador do século V, João Malalau, baseado em documento extremamente antigo da cidade de Antioquía, hoje perdido, garante (convirto a partir do calendário antioqueno que ele usa) que foi no dia 3 de Abril do 33. "Quando a Lua se encontrava no décimo quarto dia (de Nisan, para os judeus), durante o consulado de Sulpício (Sérvio Sulpício Galba, o futuro Imperador Galba) e de Silas (Cornélio Sila Félix), sendo Cássio Governador da Síria, nomeado proconsul daquele pais por Tibério", Imperador de Roma.

3) Precisamente no dia 3 de Abril do ano 33 verificou-se em Jerusalém um eclipse parcial de Lua. Pelos cálculos astronômicos o eclipse começou as 17,44, hora local de Jerusalém, antes mesmo da Lua haver aparecido. A Lua nasceu às 18´3 horas. E o eclipse durou até as 18´37 horas.

Ao verem aparecer a Lua no Oriente, escurecida, como coberta por um manto de luto, compreende-se que as testemunhas do Gólgota dessem uma interpretação impressionante. A Lua apareceu 3 minutos após o inicio de 15º dia de Nisan, a Páscoa, pois entre os judeus o dia começava às 18 horas da que nós chamaríamos véspera. É curioso que um apócrifo, "Evangelho dos Hierosolimitas" (= habitantes de Jerusalém) interpreta: "E a Lua perdeu o seu brilho